sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Um olhar etnografico na Restinga

por Manuela Amilai

Interações entre a UFRGS e a RESTINGA.
A partir dos anos 80 começou a interação entre as universidades privadas a UFRGS e a Restinga. Por meio de vários faculdade e departamentos como: FABICO, PSICOLOGIA, SOCIOLOGIA, ARTES PLASTICA, COMUNICAÇÃO e o Depto. Da GENETICA. Para engrossar as fontes de pesquisas das universidades. A GENETICA em 1996 teve articulação com o conselho titular na restinga. Porém, a forma de ação desses profissionais é vista com muita desconfiança. Por causa de sentimento de segregação que habita na esfera simbólica da comunidade, também afeta a atuação da universidade. Os projetos de extensão atuam como rede de ligação entre o saber acadêmico e o popular, a universidade e o bairro.
UFRGS através de instituto de psicologia trabalhou na construção de oficinas com atores do bairro. Inicialmente chamados educadores populares, para acompanhamento especialmente no que diz respeito às questões da juventude. Criou-se um grupo chamado juventude e contemporaniedade.com pauta de “juventude, vulnerabilidade social e violência”, esse grupo participou de pesquisas e intervenção. Pois, esse projeto deu lugar ao “juventude e vulnerabilidade social, fazendo as oficinas com os adolescentes, o tal projeto tinha objetivos de formação, através da promoção de interações baseadas na cooperação e na autogestão, potencializando os vínculos em ações culturais, pensando na formação de oficineiros e ações conjuntas sobre criança adolescentes.
As complexas e heterogêneas as redes de movimentos sociais organizados na restinga. Surgiu o FERES (fórum de educação restinga estremo sul). É através duma iniciativa de um grupo de professores da restinga. Os integrantes do FERES alguns são autônomos, outros guardam relações estreitas com estado, outros são oriundos de políticas publicas transitória. Porém, esse grupo discutia o mapa da violência no bairro, assim como nas escolas. Ele gerencia e regula a sua emancipação, também, é integrado por três redes, em diferentes graus de vinculação. Assim, estando em processo duma transformação para uma ONG.
Esse abriu a possibilidade de novas redes com a UFRGS, em parceria com projeto de extensão da PRO-RETORIA, que é conexões de saber. Conexão de saber inseriu-se no comitê e no FERES através de vestibular popular, da Associação de moradores do núcleo esperança.
Aqui está bem patente o argumento do sociólogo Boaventura Santos (1994), livro “pela mão de Alice”, faz interessantes considerações sobre o papel da universidade e seus contínuos movimentos de abertura e clausuras, no decorrer da historia, e da sua função da elite intelectual, ou da produção de conhecimentos, até a sua explosão no século xx. A instituição universitária, talvez uma das mais consideradas instituições ocidentais ainda em atividades, tem sido objeto de discussões e inúmeras propostas de reforma e, no seu cotidiano, pelos trabalhos de seus autores, vem produzindo diferentes modos de interação com a comunidade. Essas considerações são pertinentes, quando se relaciona uma concepção complexa como a universidade, observando seus movimentos reticulares da interação e a perturbação mútua entre universidade e comunidade.
Assim, conexões de saberes, o GT práticas e saberes populares (MEMÔRIA), junto ao FERES , têm atividades com moradores antigos, para contarem historias e folclores do bairro.
A universidade será democrática se souber usar o seu saber hegemônico para recuperar e possibilitar o desenvolvimento autônomo de saberes não hegemônicos, gerados nas pratica das classes sócias oprimidas e dos grupos de estratos socialmente discriminados (idem, p.228).

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