quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O cinema

por Rodrigo Ramos

No dia 07 de dezembro, o território assistiu ao curta gaúcho Dona Cristiana Perdeu a Memória, de Ana Luiza Azevedo, e ao documentário O princípio e o Fim, de Eduardo Coutinho.
Com uma metáfora de vida e morte, do velho e do novo, o curta de Azevedo é uma reflexão sobre a memória e de como ela é fragmentada, "louca" e ficcional. Mas a questão mais importante, a meu ver, é a reflexão sobre os vínculos afetivos entre os personagens. Vínculo que possibilita o encontro, o diálogo e a escuta...
Já a produção de Coutinho, supostamente sem roteiro, é uma narrativa de narrativas (!!!!). Leva ao espectador uma série de personagens do sertão, que contam suas histórias, que nos revelam um pouco de sua vida, de suas crenças, de seus percursos. Sem dúvida o mais interessante para o trabalho do território é a forma como o diretor se aproxima de seus informantes, de seus personagens, de seus atores. Muitas vezes arrogante, outras vezes surdo, outras invasivo, outras cauteloso, o diretor nos mostra que para trabalhar com narrativas é preciso saber criar vínculos, criar um diálogo em que a escuta seja a mais atenta e sincera possível.
Veja alguns links relacionados:

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Discussão do texto de Walter Benjamin: "Mágia e Técnica, Arte e Política."

Por Alexander Machado

Nosso grupo reuniu-se, no dia 30/11/2007, com o intuito de discutir o texto sobre fotografia de Walter Benjamin, intitulado de “Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura”. O capítulo abordado foi “Pequena história da fotografia”.

Diferentes contextos foram lançados nessa discussão, sendo que divergências referentes ao texto foram tomando corpo durante a reunião, mas com um olhar investigativo foi-se descrevendo passagens em que o autor relata o início da era da fotografia, e o impacto que ela causou em uma época em que os pintores de miniaturas eram os protagonistas na captura das imagens. Neste texto é falado quando Daguedi consegue fixar a imagem na câmara escura. Sendo a fotografia uma ferramenta de extrema importância como fato histórico.

Nosso grupo chega a uma importante conclusão quanto ao profissional que desempenha esta atividade: o retrato feito por um fotografo é diferente de um retrato artístico. Hoje em dia o ator encena para câmera com o objetivo atingir um determinado padrão quanto ao uso da imagem que será capturada.

Também foi questionado os legados dos diferentes séculos e como o desenvolvimento na parte social afetaria os países do terceiro mundo.

Existem diferentes situações na qual o ato de fotografar poderá ser empregado como: formaturas, festas,...

Como conseqüência, do avanço tecnológico, poderíamos afirmar que devido ao acesso às tecnologias, o espaço de atuação dos fotógrafos estaria diminuindo se não fosse o fato de que nem todas as pessoas podem adquirir os equipamentos devido ao preço estar acima do poder aquisitivo da maioria da população. Reafirmando, assim, o importante papel da fotografia artística nos dias atuais.

Um olhar etnografico na Restinga

por Manuela Amilai

Interações entre a UFRGS e a RESTINGA.
A partir dos anos 80 começou a interação entre as universidades privadas a UFRGS e a Restinga. Por meio de vários faculdade e departamentos como: FABICO, PSICOLOGIA, SOCIOLOGIA, ARTES PLASTICA, COMUNICAÇÃO e o Depto. Da GENETICA. Para engrossar as fontes de pesquisas das universidades. A GENETICA em 1996 teve articulação com o conselho titular na restinga. Porém, a forma de ação desses profissionais é vista com muita desconfiança. Por causa de sentimento de segregação que habita na esfera simbólica da comunidade, também afeta a atuação da universidade. Os projetos de extensão atuam como rede de ligação entre o saber acadêmico e o popular, a universidade e o bairro.
UFRGS através de instituto de psicologia trabalhou na construção de oficinas com atores do bairro. Inicialmente chamados educadores populares, para acompanhamento especialmente no que diz respeito às questões da juventude. Criou-se um grupo chamado juventude e contemporaniedade.com pauta de “juventude, vulnerabilidade social e violência”, esse grupo participou de pesquisas e intervenção. Pois, esse projeto deu lugar ao “juventude e vulnerabilidade social, fazendo as oficinas com os adolescentes, o tal projeto tinha objetivos de formação, através da promoção de interações baseadas na cooperação e na autogestão, potencializando os vínculos em ações culturais, pensando na formação de oficineiros e ações conjuntas sobre criança adolescentes.
As complexas e heterogêneas as redes de movimentos sociais organizados na restinga. Surgiu o FERES (fórum de educação restinga estremo sul). É através duma iniciativa de um grupo de professores da restinga. Os integrantes do FERES alguns são autônomos, outros guardam relações estreitas com estado, outros são oriundos de políticas publicas transitória. Porém, esse grupo discutia o mapa da violência no bairro, assim como nas escolas. Ele gerencia e regula a sua emancipação, também, é integrado por três redes, em diferentes graus de vinculação. Assim, estando em processo duma transformação para uma ONG.
Esse abriu a possibilidade de novas redes com a UFRGS, em parceria com projeto de extensão da PRO-RETORIA, que é conexões de saber. Conexão de saber inseriu-se no comitê e no FERES através de vestibular popular, da Associação de moradores do núcleo esperança.
Aqui está bem patente o argumento do sociólogo Boaventura Santos (1994), livro “pela mão de Alice”, faz interessantes considerações sobre o papel da universidade e seus contínuos movimentos de abertura e clausuras, no decorrer da historia, e da sua função da elite intelectual, ou da produção de conhecimentos, até a sua explosão no século xx. A instituição universitária, talvez uma das mais consideradas instituições ocidentais ainda em atividades, tem sido objeto de discussões e inúmeras propostas de reforma e, no seu cotidiano, pelos trabalhos de seus autores, vem produzindo diferentes modos de interação com a comunidade. Essas considerações são pertinentes, quando se relaciona uma concepção complexa como a universidade, observando seus movimentos reticulares da interação e a perturbação mútua entre universidade e comunidade.
Assim, conexões de saberes, o GT práticas e saberes populares (MEMÔRIA), junto ao FERES , têm atividades com moradores antigos, para contarem historias e folclores do bairro.
A universidade será democrática se souber usar o seu saber hegemônico para recuperar e possibilitar o desenvolvimento autônomo de saberes não hegemônicos, gerados nas pratica das classes sócias oprimidas e dos grupos de estratos socialmente discriminados (idem, p.228).

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

conversa sobre o Feres, a Restinga, o blog e fotografia.

por Liziê Vargas

No 09/11 às 14h, no nono andar da Faced iniciou a reunião do Território Práticas e Saberes Populares – Feres.
A reunião foi coordenada pela Professora Zita Possamai e teve como pauta os seguintes pontos:

1. Esclarecimentos sobre o acesso ao blog pelos bolsistas do GT e resumos dos textos a serem acrescentados nessa página da Internet, informações sobre as senhas de acesso ao site.
2. Explicação, pela professora, sobre o funcionamento da prática com fotografia através da câmera escura, atividade que será aprendida durante o curso a ser realizado no museu Hipólito da Costa no dia 20/11 às 15h e servirá de apoio para a efetivação das oficinas a serem realizadas pelo GT. Para tal também foi distribuído o texto “Pequena história da fotografia” de Walter Benjamin com o objetivo de melhor compreender o percurso da história fotográfica. O curso se insere dentro das propostas temáticas para o território que enquadra a fotografia e a memória como mecanismo de recorte para a visualização e entendimento das áreas a serem abordadas.
3. Discussão de dois capítulos da tese intitulada “Redes Sociais e Micropolíticas da Juventude” escritos por Fábio Dal Molin. Na qual aparecem informações sobre o bairro Restinga, bem como esclarecimentos a respeito de organizações presentes no mesmo bairro, como o FERES (Fórum de educadores da Restinga), o cursinho popular, etc.
4. Colocações pela Professora Zita Possamai a respeito das explicações efetuadas pela coordenadora do Feres Clarisse Abraão sobre a organização e funcionamento das atividades desenvolvidas. No Feres estão inseridos sessenta educadores articulados em dez coordenações e distribuídos em dois tipos de atuação: a institucionalizada, efetuadas dentro de estabelecimentos institucionais, como escolas e outras sedes administradas pelo órgão público e a outra não - institucionalizada. O fórum não possui formalidade política, como as ONGs ou outros órgãos se concretizando, portanto, em uma rede. Para a efetivação das atividades o Fórum se articula com outros projetos para conseguir viabilizar suas ações.
5. Inserção de dois novos bolsistas ao território Práticas e Saberes populares: Rodrigo Ramos e Liziê Vargas.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Breve história do bairro


por Paula Arpini

O surgimento de periferias em Porto Alegre está diretamente relacionado ao processo de industrialização e ao êxodo rural que se formou a partir da década de 40. Vários agricultores mudaram-se para as grandes cidades procurando melhores condições de vida, formando aglomerados e vilas urbanas. Em 1965, com a criação do DEMHAB-Departamento Municipal de Habitação, foram removidas diversas famílias para um lugar chamado Restinga, aproximadamente 22 km de distância do centro da cidade. Dentro do projeto “Remover para Promover”, os primeiros habitantes da Restinga (hoje Restinga Velha), tiveram que começar a se organizar coletivamente em busca de melhorias de infra-estrutura, prometidas antes mesmo das remoções. Um dos resultados dessa luta comunitária, através da pressão exercida por essas pessoas junto à prefeitura, foi a construção do colégio José do Patrocínio e a abertura de uma linha de ônibus. Em 1969, os órgãos públicos municipais projetaram um grande núcleo habitacional, que viria a se tornar a Restinga Nova. À medida que as habitações iam sendo ocupadas, havendo retorno aos cofres públicos, os investimentos na Nova Restinga prosseguiam, gerando um grande desnivelamento e contraste entre as duas “Restingas”. O “divisor das águas” é a própria avenida principal do bairro: João Antônio da Silveira. Hoje, este bairro abriga mais de 10% da população de Porto Alegre e sofre problemas de infra-estrutura, tais como saneamento básico, educação e o gradativo aumento da violência.
Na busca de resgatar e possibilitar as histórias dos diferentes bairros de Porto Alegre foi criado, em 1989, o projeto Memória dos Bairros, da Secretaria Municipal da Cultura, sob administração do governo popular. Com a proposta de incluir a voz do morador do bairro, a partir de suas narrativas, o projeto pensava a legitimidade dos moradores em busca de suas memórias.


fotografias de Leopoldo Plentz.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Fique por dentro do Práticas e Saberes Populares, um território do Conexões

por Liziê Vargas, Martina Gomes e Rodrigo Ramos


1. Nosso território se chama Práticas e Saberes Populares, é novo e ainda está em construção. Atuaremos no bairro Restinga através de nossos interlocutores do FERES (Fórum de Educação da Restinga), que é composto por sessenta educadores populares e formais que atuam nas escolas e em outros espaços da comunidade por meio de oficinas com temas pontuais que interessam aquele público.


2. O Conexões, por meio do Território Práticas e Saberes Populares, atuará na comunidade propondo oficinas que visam trabalhar a construção da memória local por meio de narrativas orais e visuais.
O que são narrativas orais e visuais? As narrativas orais são discursos que se materializam na fala, nos depoimentos. Do mesmo modo, a narrativa visual é uma espécie de texto, uma espécie de fala visual. Isto é, são imagens portadoras de sentidos, de significados. Em nossa oficina, trabalharemos com as imagens fotográficas.
Um dos objetivos de trabalharmos com a construção da memória é valorizar os saberes locais e o desenvolvimento da auto-estima dos oficinandos; pois, como sabemos, a Restinga é bairro altamente estigmatizado.


3. Até o momento nossas atividades estão relacionadas a construção do conhecimento teórico sobre a comunidade, para posteriormente atuar nas oficinas.
Para atingir esse objetivo estamos lendo alguns textos e participando de oficinas. Entre eles : Um capitulo do livro "O tempo vivo da memória" de Ecléa Bosi, dois capítulos da tese de Fábio Dal Molin sobre a restinga, um livro da coleção "Memória dos bairros" sobre a Restinga de Marion Kruse Nunes e um texto de Walter Benjamin sobre a história da fotografia.
Nessa semana participamos de uma oficina de fotografia sobre câmara escura, que se enquadra na questão da memória, a ser trabalhada depois nas oficinas.
Posteriormente iremos participar de um curso que é uma parceria do conexões com o FERES, e tem por objetivo auxiliar na formação de educadores populares, sendo essa atividade incluída no programa do nosso território.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O território constrói camêras escuras

por Rodrigo Ramos

No último dia 20, o Território do Conexões - Práticas e Saberes Populares - participou da Oficina sobre Câmera Escura, ministrada pelo Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa.
Além de serem revistos os principais conceitos relacionados ao surgimento da fotografia, a oficina instrumentalizou o grupo a confeccionar uma pequena camêra escura.
A idéia é buscar subsídios teórico-práticos para o desenvolvimento de oficinas de narrativas visuais e orais da Restinga.
Confira as fotos:




segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A Substância social da memória - Écléa Bosi

por Martina Gomes

Figura: Mnemosyne – deusa da memória
Um breve resumo a respeito do texto lido para incrementar nossa pesquisa no nosso território, na verdade, um texto introdutório, que possibilitará uma certa base para o início de nossa caminhada pelo misterioso e envolvente universo da “memória”. A pesquisa e as reflexões apresentadas no texto são sobre a memória familiar, política, do trabalho e mais todas aquelas que formam a substância social da memória.
A história que é ensinada hoje em dia nas escolas não trata de um passado recente e é contada muitas vezes de uma forma linear e macro, deixando para trás muitos detalhes. As crônicas, na idade média, surgem como um contraponto, como uma forma de registro da memória oral e são tidas como um “gênero literário menor” por não apresentarem uma certa continuidade. Porém atualmente a crônica e a tradição oral estão sendo valorizadas por serem fundamentais na construção da história do quotidiano.
A memória oral é multiplicidade, ela abre espaço para a história da população excluída da memória institucional (negro, velho, índio) e para os mais diferentes pontos de vista que muitas vezes divergem entre si mesmos. A memória exerce um papel importantíssimo, pois através dela legitimamos e construímos identidades, por isto é importante ter ciência de que esta memória é sempre formada e interpretada no interior de uma classe e que ela sempre vem acompanhada de “representações ideológicas”.
Ao longo do texto a autora fala das mais diversas formas como esta memória oral, esta memória coletiva se manifesta na nossa sociedade e como a família burguesa ao longo do tempo vem sofrendo uma diminuição na sua memória pública, através do “capitalismo anônimo”.
Algumas vezes a memória pode vir a servir a manutenção de classe específica, como existem laços estreitos entre memória e ideologia, esta classe que interpreta ideologicamente o fato ocorrido constrói a partir das suas concepções, dos seus sentimentos e dos seus valores uma memória coletiva que irá se propagar a todas a outras classes. A escola, e as instituições são tão impregnadas dos mais diversos estereótipos da classe dominante, que mesmo quando a classe excluída escreve sua história a marca da outra classe se faz presente.
Em muitos momentos no texto a autora fala da “memória coletiva ou de classes”, e enfatiza a classe dominante que fragmenta o mundo e a experiência em prol do seu sistema econômico e que vem aos poucos se isolando cada vez mais do mundo externo.
A valorização dos nossos objetos pessoais dá sentido a nossa identidade e fala muito do que somos, segundo a autora quanto mais utilidade no nosso quotidiano este objeto tiver mais ele nos será significativo. Estes objetos tão importantes também denominados de “objetos bibliográficos” além de terem representações de momentos que vivemos eles se incorporam em nossas vidas e envelhecem conosco e nos dão uma sensação de continuidade. Segundo a autora se um objeto não é bibliográfico ele é de signo de status, a foto pertencendo a segunda categorização, pode ser descrita como algo que representa superioridade, distinção e até competição dependendo de quem for a foto. A classe burguesa é atingida pela impossibilidade de refugia-se em objetos bibliográficos devido ao sistema de trocas em que se propõem viver, onde a maioria dos objetos vira facilmente descartável.
A memória tem certa liberdade no que diz respeito à escolha das lembranças de acontecimentos, que não são escolhidos arbitrariamente, mas porque se “relacionam através de índices comuns”. Nossa memória está sempre ligada a nossa identidade e as nossas escolhas de vida, é um “passado aberto” e muitas vezes contraditório. O que não é dito, o que não é lembrado é tão importante quanto o que é relembrado facilmente, pois são nesses esquecimentos que se escondem as maiores tensões da história.
Santo Agostinho já dizia que a memória é o “ventre da alma”, e Bergson vem nos dizer que a memória é a alma da própria alma, “a conservação do espírito pelo espírito”, a partir daí é possível constatar a importância vital que tem a memória para todo o ser humano, pois ela é que faz o nosso vínculo com o presente com o passado e interfere no nosso futuro. A memória é como um devir, e a intuição é essencial para que se possa captar o maior número de informações desta história oral.

Dona Cristina Perdeu a Memória
Produção: Casa de Cinema de Porto Alegre - (35 mm, 13 min, cor, 2002)

Dona Cristina é uma senhora solitária que vive em um asilo e que todos os dias pela manhã dirige-se até a cerca que separa o asilo da casa da casa do Antônio e começa a martelar. Antônio é um menino de oito anos que mora na casa vizinha ao asilo e que conversa diariamente com Dona Cristina, cada dia ela lhe conta uma história diferente sobre o mesmo fato da sua vida. A relação dos dois é essencial para a memória de Dona Cristina sobreviver porque o menino é capaz de ouvir, imaginar, sonhar e criar com ela novas histórias, nunca permitindo que o passado da senhora fique num vazio.

A exibição do curta serve de ilustração para o assunto discutido a partir do texto da Ecléa Bossi, “A substância social da Memória”, ilustrando como se faz fundamental para a continuação de uma vida a preservação da memória. Sem ela não existe passado, presente e nem futuro.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Onde tudo começou...

A iniciativa de criar este blog surgiu da necessidade de diálogo entre os diferentes territórios do Programa Conexões de Saberes. Ao mesmo tempo, é uma forma de ampliar as ações de extensão realizadas no bairro Restinga, em Porto Alegre.
A partir desse espaço, tentaremos compartilhar as discussões e debates gerados acerca da temática do GT.