sábado, 19 de abril de 2008

Curso de Educadores Populares - Gêneros

Editado por Alexander Machado


O organizador e educador popular Augusto dá início ao curso nesta semana (18 e 19/04) explicando que espera que todos os educadores populares possam começar as suas atividades como educadores.
A integrante do grupo de discussão, Mirian, fala sobre o movimento feminista. Neste sábado a profª. Ruth retoma o assunto reforçando a importância do trabalho a ser desenvolvido referente a esta questão enfatizando as questões apontadas pela Mirian.
Neste sábado tivemos como questão principal a discussão sobre o gênero e os debates seguem expostos a seguir:
As feministas trabalham sobre a mulher e a questão do gênero quebra o tabu deste mito, pois o ser humano possui características individuais e isto influencia nas atitudes delas.
O outro tema abordado é a Classe.
Segue os debates e em seguida faz-se um breve comentário referente ao Tema abordado. Logo em seguida é exposta uma série de imagens de crianças de diferentes etnias e classes sociais em diferentes situações no meio em que vivem. Junto ao comentário é definido o que é Cultura e Linguagem e que ambas constroem as personalidades dos jovens.
- Juventude e Gênero
Tais características citadas (Adolescência) estão em conflito com a feminilidade deixando em aberto a seguinte questão: será a adolescência uma construção masculina?
- Gênero
As desigualdades geram uma hierarquia entre todas as classes.
- Sexualidade
Tem a ver com as formas pelas quais os diferentes sujeitos, homens e mulheres, vivem seus desejos e prazeres corporais, em sentido amplo. O corpo e a sexualidade estão diretamente implicados na economia.
Uma série de questões foram apresentadas para reflexão dos educadores no momento em que estarão atuando em seus locais de ensino.

A profª. Ruth retoma a palavra e coloca como exemplo a situação das crianças nas creches que são colocadas a assistir desenhos clássicos, como os da Disney, nos momentos em que não podem ir ao pátio para brincar em dia de chuva e que isso também era uma situação em comum com crianças da classe média. Tudo isso era resultado de um trabalho de campo em bairros de ambas as classes sendo esta situação comum entre ambas.

Logo em seguida foi feito um debate entre os assuntos apresentados até o momento. Os integrantes abordaram diversos tipos de linguagem como exemplo temos a linguagem do corpo, da alma e da fala como sendo ferramentas para expressar os pensamentos distintos de todos. A sexualidade também foi tema de discussão e o quanto a mídia influencia nas decisões tomadas pelas pessoas, sendo apresentado o corpo perfeito como padrão de sucesso. As pessoas acabam se rotulando juntamente com a sociedade dividindo-se em diversas categorias.

A discriminação com o comportamento dá corpo ao preconceito, pois teoricamente já está convencionado pela sociedade os comportamentos entre homens e mulheres não sendo tolerado que seja de outra forma. Também foi citado o comportamento da criança na nas escolas e o posicionamento dos pais quanto às novas situações em que os filhos eram colocados junto ao grupo de colegas

quinta-feira, 3 de abril de 2008


Por Liziê Vargas

Nos dias 26 e 27 de março ocorreu o III seminário local do Conexões de Saberes : Universidade Popular – Práticas e desafios. O seminário teve como objetivo discutir temas relacionados a entrada e a permanência de alunos de origem popular na UFRGS.
Nas diversas mesas de discussões tivemos a presença do Frei Davi (Educafro), de representantes do FERES (fórum de educadores da restinga), professores da FACED, alunos oriundos de comunidades populares, representante de comunidade indígena, bolsistas do projeto Conexões de Saberes, que trouxeram diversas experiências nas suas trajetórias como alunos e educadores populares.
Também tivemos oficinas sobre ações afirmativas e contação de histórias, mostra de vídeos das atividades feitas no programa escola aberta e apresentação da escola de samba Bambas da Orgia.
O seminário se configurou em um espaço de discussão importante, com diversas experiências e relatos sobre as dificuldades de tornar a universidade pública uma universidade também popular.

Nascidos em Bordéis

Por Liziê Vargas

No dia 07 / 03/2008 assistimos ao documentário Nascidos em bordéis (Born Into Brothels: Calcutta's Red Light Kids) com o objetivo de visualisar a trajetória de oficinas de fotografia propostas por dois norte americanos à crianças da Índia.
O documentário narra, através de depoimentos dos oficinandos e gravações do dia-a dia deles, a entrada de dois estrangeiros norte americanos e consequentemente a entrada da fotografia no cotidiano de crianças que vivem no bairro da luz vermelha em Calcutá. A região da Índia apresenta muitos problemas sociais entre eles o mais focado pelo filme: a vida difícil de crianças, filhas (os) de prostitutas, que convivem cotidianamente com o trabalho e com a realidade dos bordéis.
O filme demonstra que a partir das oficinas de fotografia propostas pelos documentaristas inicia, também, a tentativa de intervenção social. Com o reconhecimento do talento dos oficinandos são mostradas possibilidades de modificação da vida dessas crianças, tidas por Zana Briski e Ross Kauffman como as melhores alternativas a aquela realidade existente no país.
Entretanto aparecem nesse contexto à relutância de algumas famílias a essas propostas, as dificuldades impostas pela burocracia da Índia, pela própria estrutura disponível no país e conseqüentemente a pouca eficiência dessas tentativas de melhorias sociais apresentadas pela ótica dos estrangeiros.